15 outubro 2010

PORTUGAL ELEITO PARA O CONSELHO DE SEGURANÇA

Portugal eleito para o Conselho de Segurança da ONU.
Bom, quem não sabe o que isto representa (o que custa lá chegar, o que vale lá estar) nem vale a pena estar a aborrecer-se com miudezas e salte para outra ou vá lamber as botas ao indigente Coelho, tal como o faz "O Público" do sr Belmiro que noticia assim: «Portugal conseguiu um lugar como membro não-permanente do Conselho de Segurança, a partir de Janeiro de 2011, depois de obter uma maioria de 150 votos dos outros países-membros das Nações Unidas. Mas só à terceira ronda, e depois de o Canadá retirar a sua candidatura. A Alemanha confirmou que partia como candidato favorito: foi eleita na primeira ronda, com 128 votos, deixando Portugal e o Canadá disputarem o lugar que restava.» Desfazendo na coisa tendo na lembrança a negociata da PT  que Sócratas gorou, apesar das engraxadelas de que foi alvo, tendo a partir daí à perna os cachorros do grande senhor. Estava em início do primeiro mandato como Primeiro Ministro e deixou aí a marca da sua verticalidade e firmeza de acção.  
O Público, na sua linha anti-Sócrates faz tudo para menorizar a coisa invocando que Portugal só conseguiu o seu intento depois de o Canadá ter retirado a sua candidatura.  Porque terá afinal o Canadá retirado a sua candidatura? Será que Sócrates ameaçou cortar o vencimento do Chefe de
Estado, que "por acaso" é a Rainha Isabel II? Ou terá o Canadá retirado a sua candidatura por estar a recolher muito menos votos do que Portugal e ser uma questão de tempo até isso produzir a eleição de Portugal? Foi só à terceira ronda! Pois foi: não foi contra Barbados, foi contra o Canadá, a quem nunca tinha passado pela cabeça ser fintado por uma província da Ibéria. Mas foram eles que tiveram de sair, não fomos nós. E estava a Alemanha em liça, Alemanha que muitos entendem que devia ter um lugar permanente, não apenas rotativo. Mas o Público não diz que a Alemanha foi eleita à tangente do número de votos necessários para o efeito, já que, claro, no caso da Alemanha isso não interessa nada.
Claro, muita gente acha que isto não interessa nem em Rabo de Peixe.
Vivem cá dentro, ponto final, nada a dizer. Já alguns dos que sabem que isto é importante tentam disfarçar: é que não cola nada com a sua (deles) tese peregrina de que Portugal tem uma péssima imagem internacional. Também se pode fazer como o Presidente Cavaco: «Para o Presidente da República, "esta eleição reflete o reconhecimento por parte da comunidade internacional do firme compromisso do nosso país com os valores e objetivos das Nações Unidas"». Será que ao Canadá faltava esse "firme compromisso"? A alguns parece sempre difícil de engolir que Portugal tenha êxitos se isso for por mérito dos outros. Por isso arranjam sempre explicações que excluem o nosso mérito activo. E depois ainda dizem que a crise é (só) económica... A desgraça de Portugal está na pobreza de espírito das suas rafeiras elites..





Sem comentários: