08 dezembro 2010

A CALMA DE ANGELA MERKEL...

 - A chanceler alemã, Angela merkel, respondeu hoje às críticas do presidente do eurogrupo com um apelo para "um trabalho calmo e...
Angela Merkel recomenda "trabalho calmo e objetivo" para defender moeda única
Berlim, 08 dez (Lusa) - A chanceler alemã, Angela merkel, respondeu hoje às críticas do presidente do eurogrupo com um apelo para "um trabalho calmo e orientado para objetivos", para obter bons resultados em relação à moeda única, no Conselho Europeu da próxima semana.
"Esta forma calma de encarar as coisas é o meu contributo para o debate", sublinhou Merkel, em declarações à imprensa, em Berlim, escusando-se a comentar as afirmações de Jean-Claude Juncker, que a acusou de "pensar de forma simplista", por recusar emissão da dívida à escola europeia, através dos chamados 'eurobonds'.
A proposta do primeiro ministro luxemburguês visava, segundo ele próprio afirmou, evitar atividades especulativas nos mercados de capitais contra países em apuros orçamentais, como Portugal, por exemplo.
Juncker explicou que não se trata de passar a emitir todos os títulos da dívida à escala europeia, mas apenas uma pequena parte, e que a grande maioria dos títulos continuariam a ser colocados nos mercados por cada um dos países da zona euro.
Merkel, no entanto, voltou a recusar os 'eurobonds', afirmando que "não são o estímulo económico correto, e não são compatíveis" com os tratados europeus.
A Alemanha receia que a proposta de Juncker possa custar-lhe biliões de euros, porque os juros que seriam exigidos pelos 'eurobonds' deveriam ser muito superiores aos que Berlim, que tem muito crédito nos mercados, paga atualmente pelos seus próprios títulos da dívida soberana.
A chanceler falava após um encontro na capital alemã com o primeiro ministro sueco, Fredrik Reinfeldt, para preparar a Cimeira Europeia de 16 e 17 de dezembro.
"Todos somos a favor de um euro forte, sejamos ou não membros da moeda única", sublinhou Merkel.
Reinfeldt anunciou o seu apoio a ligeitas alterações no Tratado de Lisboa, para criar um mecanismo permanente contra crises financeiras, a partir de 2013, quando caducar o atual fundo de resgate europeu, de 750 mil milhões de euros.
Além disso, Estocolmo é a favor de uma rigorosa política orçamental, disse o chefe do governo sueco, lembrando que o seu país também ajudou financeiramente a Irlanda, primeiro país a recorrer ao fundo, e analisará "caso a caso" futuras ajudas a outros Estados europeus, se forem necessárias.daqui







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