09 dezembro 2010

DEZANOVE ESTADOS BOICOTAM ENTREGA DE PRÉMIO NOBEL

Entrega de Prémio Nobel da Paz boicotada por 19 Estados, China chama "palhaços" a membros do comité norueguês.
 - China, Federação Russa e Cuba são alguns dos 19 países que declinaram o convite para assistir à entrega do Prémio Nobel da Paz a...
Entrega de Prémio Nobel da Paz boicotada por 19 Estados, China chama "palhaços" a membros do comité norueguês
Oslo, 07 dez (Lusa) - China, Federação Russa e Cuba são alguns dos 19 países que declinaram o convite para assistir à entrega do Prémio Nobel da Paz ao dissidente chinês Liu Xiaobo na sexta-feira em Oslo, anunciou hoje o Instituto Nobel.
Na base destas recusas estão as pressões chinesas com vista ao boicote da cerimónia.
Em Pequim, o regime chinês renovou as críticas aos membros do Comité Nobel norueguês, que qualificou como "palhaços", e afirmou que gozava do apoio da "maioria" da comunidade internacional.
Alguns dos países ausentes, "segundo tudo leva a crer, cederam às pressões da China, outros têm outras razões", declarou à agência France Presse o diretor do Instituto Nobel, Geir Lundestad, sem detalhar a informação.
Segunda potência económica mundial, o país asiático tentou dissuadir outros países de participarem na cerimónia, enviando uma nota a várias embaixadas para lhes solicitar que boicotassem a cerimónia, ameaçando com "consequências" os Estados que apoiem Liu Xiaobo.
"Mais de 100 países e organizações internacionais exprimiram de forma explícita o seu apoio à posição da China", afirmou hoje a porta-voz do Ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, Jiang Yu.
"Não mudaremos por causa da ingerência de alguns palhaços", acrescentou, a três dias da entrega do prestigioso Prémio em Oslo, que será feita na ausência do laureado.
Antiga figura de relevo do movimento pró-democrático de Tiananmen, em 1989, Liu Xiaobo, ex-professor de literatura, de 54 anos, foi condenado no dia de Natal de 2009 a 11 anos de prisão, por "subversão do poder de Estado", depois de ter co-redigido a "Carta 08", um texto que reclama a democratização da China.


Sem comentários: