27 dezembro 2010

A NOBREZA OU A FALTA DELA

Fernando Nobre, na sua campanha para a P.R, tem pretendido  afirmar a vantagem e a pureza da sua candidatura independente, por oposição àquelas que são oriundas do sistema partidário, na sua opinião, um "sistema perverso". Claro que Fernando Nobre sabe que o prestígio dos políticos e dos partidos está pelas ruas da amargura e julga que,  com isso,  vai conquistar muitos votos...
Não terá qualquer benefício com essa postura, mas é sabido que uma grande parte da população portuguesa tem em pouca conta o que dizem e o que fazem os políticos. É esse  um cenário que deve ser alterado porque a democracia faz--se com os partidos políticos e com os seus dirigentes. Porém, não se pode desejar que se absolvam os políticos que vão contribuindo para a perda da credibilidade da política porque isso seria caucionar essa praxis, impedindo a correcção de tudo o que está errado. Uma delas, entre tantas outras, é a atitude pavloviana dos líderes políticos que, mal ouvem uma qualquer notícia sobre o governo, começam a salivar e lavram logo um emotivo protesto, normalmente acompanhado de um pedido de comparência do ministro da área na Assembleia da República.
Outra faceta  curiosa do comportamento insensato dos partidos políticos é visível no desconforto que mostram quando as decisões do governo são enaltecidas dentro e fora do País. Com o cinismo e a hipocrisia habituais, começam logo a lançar a confusão na tentativa de neutralizar o reconhecimento dos restantes concidadãos pelo mérito do partido do Governo.  Esse comportamento pavloviano mostra que  no mundo partidário português se instalou a insensatez para não dizer que se instalou uma espécie de instinto canino onde a comunicação se faz por uivos e latidos esganiçados... dos rafeiros de serviço. 

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