29 dezembro 2010

O SEXO DANTES ERA MELHOR...









Em 1953, o Kinsey Institute publicou o primeiro estudo sobre o comportamento sexual das mulheres. John Bancroft veio recentemente dizer que nessa altura os casais tinham mais e melhor sexo: “Hoje, estão sobrecarregados com as carreiras de ambos e com os filhos, e isto tem consequências na sua capacidade de apreciar o sexo.” Como se muito trabalho fora de casa não fosse suficiente, chama ainda a atenção para outras actividades que lhe disputam o lugar: “Depois de terem estado no centro comercial ou a ver televisão durante o tempo que lhes apeteceu, é evidente que não resta muita disposição para terem relações com o parceiro.” Ou seja, o que Bancroft diz é que qualquer dona de casa norte-americana que na década de 50 passava os dias a fazer tartes de maçã e a ir buscar os filhos à escola tinha bastante mais actividade no quarto do que a sua filha que hoje, no início do século XXI, trabalha fora de casa. “Isso pode ser verdade na América, mas não acho que se aplique a Portugal”, diz Beatriz, uma professora de liceu já reformada: “Na década de 50 tínhamos tantos condicionalismos sociais, morais e religiosos que não creio que haja muitas mulheres que lhe digam que nessa altura o sexo era bom e frequente. Vivíamos na época do ‘parece mal’. Mesmo o que se passava dentro do quarto do casal era submetido a este conceito. E, além disso, também era pecado! Por isso, para as mulheres da minha geração, o sexo não era nem muito nem bom. Enquanto éramos solteiras, era um mistério. Depois de casadas, passava a ser uma obrigação que cumpríamos como muitas outras. A única vantagem desta é que nos dava filhos…”



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