14 junho 2011

RAZÕES PARA CELEBRAR E MARCAR DIFERENÇAS

Terça-feira, Junho 14, 2011 


Hoje, o Público dedica várias páginas à Educação. Vale a pena guardar o dossiê antes da cedência do ministério à Fenprof (corolário da participação activa do PSD nas manifs de professores).
Comparando as realidades de 1997 com 2010, os números são eloquentes. Em 1997, a presença da Internet nos lares portugueses era residual: em termos estatísticos, equivalente a 0%. Zero. No ano passado era de 54%. A existência de computadores passou de 11% para 60%. E o número de telemóveis em uso de 1,5 milhões para 16 milhões.
Porquê 1997? Porque 1997 (Guterres) foi o ano em que voltou a haver exames. Agora, pelos vistos, é uma overdose deles: «Nunca se realizaram tantas provas nacionais como neste ano lectivo. Segundo investigadores, os chamados testes intermédios podem ter impactos negativos na avaliação e aprendizagem dos alunos.» Preso por ter cão, preso por não ter.
Em 1997, só 26 mil alunos frequentavam os cursos profissionais do ensino secundário. Hoje são 124 mil. O abandono escolar precoce era de 40,6% sendo hoje de 28,7%. Afinal, as cabeças mudaram. A despesa com a acção social escolar mais que duplicou, passando de 72 milhões para 168 milhões de euros. O número de matriculados no ensino superior subiu de 82 mil para 122 mil, praticamente 50%.
Nisto tudo, o que deveras me surpreende é o número de alunos por professor. Em 1997, 11 alunos para cada professor. Hoje, 7. Nem Eton consegue este grau de exclusividade...
in Da Literatura  (O título é nosso)

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