17 junho 2011

UM CANDIDATO DE NEGOCIATA - UM ERRO CRASSO DO PSD

 
 
 
 
 
                                                                                 
«Interessa-me pouco que Fernando Nobre venha a ser ou não presidente instantâneo da AR mesmo que, por via disso, se torne em segunda figura do Estado e lhe passe a caber substituir o presidente da República em caso de impedimento ou vacatura do cargo. Nessa matéria estou como Alexandre O'Neill: seja Nobre ou seja outro o presidente, "acaso o nosso destino, tac!, vai mudar?".
  Ao longo dos anos, abundantes figuras e figurões chegaram à vida política portuguesa, aí permaneceram uns tempos e partiram sem deixar memória ou rasto. Curiosamente, ao contrário de outras instituições, a presidência da AR tem sido exercida por figuras não só com um longo passado parlamentar como, provavelmente também em virtude da natureza pouco conflitual da função, consensuais dentro e fora do hemiciclo.

Ora Nobre chegará (se chegar, a procissão ainda vai no adro) a presidente da AR sem qualquer experiência parlamentar, com um nebuloso e errático passado político, notável não propriamente pela coerência, e em resultado de uma negociata pré-eleitoral de bastidores.
  Por muitos motivos, designadamente o próprio desprestígio dos partidos, a AR é provavelmente hoje a instância política mais desprestigiada da democracia portuguesa e só a imagem dos seus presidentes tem obstado a que esse desprestígio seja ainda maior. Aquilo de que a AR menos precisará neste momento é de um presidente ainda com menos prestígio do que ela.» [
JN]
Manuel António Pina.

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