09 junho 2011

A VER VAMOS



Dentro de poucos dias teremos um novo governo. Do PSD e do CDS-PP. Com apoio maioritário no parlamento. Era inevitável. É a democracia. Os portugueses que votaram evitaram duas situações indesejáveis: uma maioria absoluta de um partido e a necessidade de contar com o PS para constituir uma maioria absoluta. Assim, a clivagem é clara: à direita o que é da direita; à esquerda o que é da esquerda. Ao governo o que é do governo; à oposição o que é da oposição. Enquanto o PS se prepara para assumir o seu novo papel, o novo governo propõe-se cumprir o memorando de entendimento acordado com as instituições internacionais e, segundo o próximo primeiro-ministro, Passos Coelho, «ir mais além das metas acordadas». As medidas que resultam do memorando são genericamente conhecidas, e são bem duras. O «mais além» ainda é uma nebulosa. Aguardemos a sua clarificação. Nos últimos seis anos apurou-se o sentido crítico na sociedade portuguesa. Agora é mais difícil dizer uma coisa na oposição e dizer outra no governo, e vice-versa. Isso dá algumas garantias. A ver vamos...
Por Tomás Vasques

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