10 setembro 2011

CRATO: CAMBALHOTAS & MENTIRAS

                                                                                                                             


Santana Castilho, autor de O ensino passado a limpo, entrevistado por João Pereira Coutinho e Janete Frazão para o Correio da Manhã. Santana Castilho fez parte dos dois governos liderados por Pinto Balsemão (o VII e o VIII; 1981-83). Highlights da entrevista em transcrição livre:

«[...] Escrevi o livro sobre os princípios orientadores da Educação... por incumbência de Passos Coelho. / Tirando três ou quatro frases plagiadas sem autorização e grosseiramente copiadas, o programa para a Educação é o contrário do que tinha proposto. / Há aqui alguma coisa que não conheço, é saber porque é que Pedro Passos Coelho andou durante quase um ano a falar comigo, concordando com tudo o que lhe ia propondo, e depois aparece um programa que não tem nada a ver com aquilo com que concordámos. / Não fui convidado para ser ministro. / Estou profundamente desiludido com o governo. / Sucedem-se as manifestações de desonestidade política. / Nuno Crato não está à altura do cargo, dá cambalhotas, começou o reinado como um autêntico palhaço... / Nuno Crato não sabe o que é uma escola, não conhece a realidade do sistema educativo. / Uma coisa é falarmos no Plano Inclinado, outra coisa é actuarmos. / O modelo de avaliação de professores é tecnicamente miserável e, do ponto de vista humano, kafkiano e monstruoso. / É mentira que tenha extinguido direcções-regionais. Anunciou a extinção para daqui a um ano, nomeando nesse dia nove directores-regionais e mantendo a estrutura como estava. / A subserviência do primeiro-ministro aos prestamistas era dispensável. / O primeiro-ministro revela impreparação... [...]»
in Da Literatura

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