05 setembro 2011

NO FIO DA NAVALHA

O PSD, na oposição, seguiu o caminho da promessa fácil para ludibriar incautos. Recordam-se quando o actual primeiro-ministro, Passos Coelho, enquanto líder da oposição, e já depois da rejeição do PEC IV, dizia: "Se tiver de aumentar algum imposto será apenas os que incidem sobre o consumo e não sobre o rendimento." Ainda se lembram do que Passos Coelho disse sobre a redução das deduções fiscais? "Aceitarei reduções nas deduções no dia em que o governo anunciar que vai reduzir a carga fiscal às famílias." E o imposto sobre o subsídio de Natal? - "Um disparate" - afirmou em plena campanha eleitoral. Quanto aos cortes "históricos" na despesa do Estado, nas despesas supérfluas, nos Institutos e Fundações, no emagrecimento do Estado, até agora deu em águas de bacalhau. Em vez de apertar o cinto ao Estado, o que se apresenta no programa estratégico orçamental, é a transferência de despesas do Estado para o já magro orçamento das famílias, sobretudo nas áreas da saúde e da segurança social. Os quase três meses deste governo, os PEC I, II e III apresentados nas conferências de imprensa do senhor ministro das Finanças, que se traduziram em sucessivos aumentos de imposto, demonstram que há um abismo entre o que se diz quando se está na oposição e o que se faz quando se está no governo.
por Tomás Vasques
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Por Tomás Vasques

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