A APOSTASIA DE ALEGRE SÓ FAVORECE A DIREITA

Pacheco Pereira, no seu Abrupto, começa a ver no horizonte uma grande fractura no PS e as consequências daí decorrentes para um PSD que nesta crise latente mira boas oportunidades. É obvio que o PS, caso o alegrismo oportunista faça carreira, pode tornar-se irrelevante; a esquerda fadista a transformar-se num saco de lacraus de todos os tamanhos e o PSD, sentadinho,a poder ganhar o papel do aglutinador dos moderados do PS e tornar-se, de facto, o grande partido do centro-esquerda (se essas condições se verificarem e o PSD, com arranjos e gente com credibilidade, se organizar para o efeito.
O PS nunca passou por uma situação de apostasia organizada como a do inchado poeta que já fez estragos irreparáveis. Muita gente que votou no seu nome para Presidenciais olha espantado para oportunismo execrável de quem abusivamente se assenhoreou de votos que não tinham, nem por sombras, o destino que Alegre, homem afinal com poucos escrúpulos, lhes pretende dar.
Claro que P.Pereira não faz, talvez por táctica, esta análise simplista e coloca o PSD ao nível do PS em termos de instabilidade interna e de cisões iminentes. Não é assim! O que se passa no PSD são as suas "válvulas de escape" bem testadas desde sempre nesse partido e que, quando chegam ao poder funcionam como neutralizadoras das oposições externas.
Não andaremos longe da verdade se dissermos que o sector político que mais beneficiará da apostasia de Alegre será o PPD/PSD e a direita no seu conjunto. Há mesmo eleitores que não votarão em qualquer partido que acolha o desavergonhado apóstata.
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