03 janeiro 2011

UM ESQUEMA DIGNO DA NOSSA PEQUENÊZ



E os ratos somos nós?
Os ministros das Finanças europeus acordaram hoje passar a vigiar os Orçamentos de Estado uns dos outros. Os níveis de competitividade de cada Estado membro serão igualmente acompanhados através de um conjunto de padrões pré-definidos. E se os indicadores de um país caírem abaixo dos níveis de referência, os ministros poderão emitir recomendações para corrigir esses valores. A decisão saiu de um encontro de dois dias, em Bruxelas, entre os ministros das Finanças europeus.
Quando vão os Ministros Europeus votar o nosso orçamento, antes ou depois da nossa Assembleia da Republica? É que os deputados de cá, bons ou maus, foram eleitos por nós, os ministros das finanças dos outros países não. Os nossos deputados têm legitimidade, os outros ministros não. Cada vez mais gente estará farta desta Europa e da sua falta de eficácia, onde   quem manda é “nomeado” por gente que  nem sabemos quem é ou onde pendura o pote, leis e regras que retiram toda a autonomia politica aos países e agora até querem definir quantos buracos do cinto temos de apertar de cada vez. E se os mandássemos bugiar a todos e nos dedicassemos  antes a repovoar e replantar o nosso país, desenvolvendo a agricultura e acabando com a nossa dependência alimentar. Se fossemos antes reconstruir a nossa frota pesqueira e aproveitar da enorme zona marítima que temos. Se voltássemos a apostar na indústria portuguesa para satisfazer as necessidades dos portugueses. Se assumíssemos de vez que o interesse público tem sempre de se sobrepor ao privado. Que todos juntos somos um país e que assim não continuaremos a ser, cada um de nós, só mais um digito na contabilidade do capitalismo digital. 
Por outro lado, como está quase comprovado que não sabemos governar-nos sem o patrocínio de caudilhos, este método até poderia dar certo mas para isso era fundamental que se tivesse feito algo para cimentar o espírito europeu de acordo com o projecto dos fundadores da Comunidade Europeia.  Mas se não der o que nos restará experimentar?... A coisa está preta.

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