28 agosto 2011

O ILUSIONISTA


Domingo, Agosto 28, 2011


O Anjo-de-Guarda dos mais ricos


Já ando a ficar farto com esta história dos ricos se terem disponibilizado para pagar um pouco mais para a judar a resolver a crise. Em primeiro lugar porque a crise foram eles que a criaram com a sua ganâcia e sofreguidão pelo lucro fácil, depois porque já todo9s entendemos que tudo não passa de um blufe e finalmente porque também já compreendemos que não há vontade política nenhuma de taxar os poderosos. A comunicação social engana quando afirma que já existe um escalão mais alto para as grandes fortunas esquecendo-se de dizer que o imposto por eles pago só se refere aos rendimentos do trabalho declarado deixando de fora as mais valias, a especulação e a grande parte dos lucros. O homem mais rico até pode revlamar beneficios sociais bastando para isso afirmar que não ganha nenhum salário por maior que seja a sua conta bancária. Por isso aumentar mais dois ou três por cento no IRS dos mais ricos é uma falácia. A juntar a isto há ainda o facto de o próprio governo não mostrar grande vontade de taxar os mais ricos. Os espanhóis, tão rapidos a dizer que o iam fazer já decidiram que não era o momento oportuno e por cá só o faremos por medo de uma possível contestação social. Os politicos são neste momento os melhores anjos-de-guarda dos senhores do grande capital.

Sábado, Agosto 27, 2011


Moda Cristas Verão 2011


Pessoalmente sinto-me numa Silly Season em que tanta coisa acontece sem parecer que nada acontece. O Presidente lá continua na Casa da Coelha, o Passos Coelho divide-se entre entrevistas de calções para revistas cor-de-rosa e Conselhos de Ministros para aumentar impostos e a oposição aguarda pacientemente que acabem as férias dos portuguêses. Falta "sumo" para me dar ideias para fazer "bonecos" pelo que me decidi por fazer também eu uma proposta à Assunção Cristas para que não pareça que a sua única ideia até agora tenha sido o de proibir as gravatas. Imponha-se o "body painting" para baixar ainda mais os ares-condicionados e se o modelo "dinheiro" for adoptado até relembra a mensagem da necessidade de poupar.




Um pedido Seguro


"É altura de o governo mudar de opinião, demonstrar alguma sensibilidade social e particularmente poder dar os seus votos no parlamento às propostas do PS e eu espero que o primeiro-ministro ouça este meu apelo e de facto possa fazer uma repartição dos sacrifícios de modo mais equitativo", afirmou António José Seguro.

Depois de um longo tempo em que andou desaparecido e em que o governo aumentou os transportes públicos, alguns em mais de 25% e o IVA da electricidade e gás de 6 para 17 por cento, olha quem se voltou. Soubre os sacrificios impostos aos mais pobres não tinha nada para dizer e escondeu-se para tentar que ninguém se lembrasse dele, mas quando se trata de taxar os mais ricos já quer aparecer na fotografia como simbolo de justiça social. Ele pede, ele apela ao Passos Coelho que tenha compaixão dos mais pobres, mas não pede que substitua nenhuma das medidas tão penalizadoras para os que menos têm pelo dinheiro feito por um imposto que os que mais têm estão dispostos a pagar para tentar evitar a indignação que cresce, todos os dias, sobre o aumento brutal das desigualdades sociais e a revolta que sentem ao ver os especuladores aumentarem os seus lucros em compadrio com o poder político, defendidos pela Justiça e pela vendida comunicação social.
Se acreditarmos que vai ser gente como esta que nos vai safar temos um futuro muito negro.

Sexta-feira, Agosto 26, 2011


Venha a Zaragata


Paulo Portas continua a ir à Madeira fazer campanha pelo CDS e sem nunca perder a oportunidade para dizer mal do Bicho da Madeira e das suas contas públicas. Há já gento do PSD que não está a achar graça que o seu parceiro de coligação no governo do "Contenente" anda a dizer do Alberto e já o acusam de não saber o que é uma autonomia. Pressionado para dar mais dinheiro para a endividadissima Madeira falta saber o que vai dizer e fazer o Passos Coelho e quando se vai "desbocar" o João Jardim.



O assalariado de cortiça


Curioso notar que o Américo Amorim, que diz não ser rico mas sim um simples assalariado pagou de imposto 64 mil euros enquanto Belmiro de Azevedo, mais pobrezinho pagou 460 mil. Ou um pagou demais ou o outro não pagou tudo o que devia ter pagou ou possivelmente nenhum o fez.


Quinta-feira, Agosto 25, 2011


O momento oportuno


Para João Proença, líder da UGT, o mais importante é que fundo para despedimentos entre em vigor e em simultâneo com as novas regras que reduzem o valor das indemnizações para os novos contratos. Neste contexto, o sindicalista afasta a realização de uma greve geral, que a CGTP estará a preparar para Outubro, considerando que este «não é o momento oportuno».

Esta gente não tem vergonha na cara. Quando está a acontecer o maior ataque a todos os direitos de quem trabalha, se baixam salários e se condenam milhões à pobreza este Senhor não não considera o momento oportuno para fazer uma greve geral. Fez no governo dos Sócretinos e não considera agora oportuno. Será que espera também vir um dia a ser Presidente da CIP ou Ministro do Trabalho?


Que ricos Ricos que nós temos


Depois do Bilionário Warren Buffett ter afirmado que o Estado não devia continuar a isentar os mais ricos de pagar impostos e que estes deveriam ser aumentados foi agora a vez de Milionários franceses, detentores das dezasseis maiores fortunas do país, instaram o Governo a aplicar uma taxa especial sobre os rendimentos dos mais ricos para ajudar a debelar os problemas financeiros do país.

Quando li notícias como esta imaginei logo os milionários portugeses a fazerem fila à porta do Ministério das Finanças para também eles exigirem pagar impostos mais elevados. Mentira, não imaginei nada e o Américo Amorim, o homem mais rico de Portugal já afirmou, "eu não me considero rico". "Sou trabalhador", contrapôs. E pronto, conversa acabada. Para a matéria em apreço, o cognominado "rei" da cortiça garante que não passa de um simples assalariado.
Até me vieram as lágrimas aos olhos só de pensar nas dificuldades porque deve passar o pobre assalariado.


Quarta-feira, Agosto 24, 2011


De PEC em PEC até ao extraordinário e colossal final


O défice do subsector Estado aumentou cerca de 9%, em Julho, quando comparado com o mês anterior.
O total o défice ascende a 6,68 mil milhões de euros, um valor que, face a Julho do ano passado, representa uma redução de cerca de 25%, de acordo com os dados da execução orçamental disponibilizados pela Direcção-Geral do Orçamento. Contudo, face ao mês de Junho, o aumento foi de cerca de 550 milhões de euros.

Um aborrecimento que a descida no défice seja quase toda conseguida no reinado do Sócrates e o aumento no do Passos Coelho e do seu Vitor Gaspar. As culpas atiram-nas para as receitas que não subiram tanto como o esperado. Não subiram e vão ainda diminuira mais, porque há sempre um momento em que por mais que espremam já não há mais sumo para sair. Austeridade e sacrifícios colossais sobre uma recessão é o que dá. Empobrecem o país, destroiem a economia e a dívida sempre a crescer.



Quando as verdades e as mentiras são a mesma coisa


«Os procuradores de Nova Iorque pediram para retirar as queixas de tentativa de violação e violência sexual contra o ex-director do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn.»

Agora talvez haja mais gente com curiosidade de perceber porque tramaram o Strauss Kahn e elegeram para Presidente do FMI, Christine Lagarde, uma senhora que até estar a ser investigada pela Policia francesa pelo papel assumido , quando era ministra das Finanças de França, num negócio associado ao empresário Bernard Tapie em que este poupou pelo menos 200 milhões de euros em pagamentos ao Estado.


Terça-feira, Agosto 23, 2011


Serenata Madeirense


A dívida da Madeira cresceu mais de 100% em apenas cinco anos, é hoje da ordem dos mil milhões de euros e serviu para financiar a perpetuação de Alberto João Jardim no poder. Agora, perante a realidade, quer negociar um acordo de urgência com Pedro Passos Coelho a pouco mais de um mês das eleições regionais. Não há decisão oficial, mas está apalavrado. Pedro Passos Coelho admitiu já a Alberto João Jardim ir à Madeira para marcar presença na campanha das eleições regionais de Outubro,

Um problema para Passos Coelho. Quando pede às gentes do "Contenete" que faça saacrificios enormes, quando antecipa outros para tapar o "Buraco Colussal", criado em grande parte pelos gastos do João Jardim, dificilmente pode justificar que ainda premeie o infrator. Um problema porque há eleições regionais e o João Jardim quer dinheiro para poder continuar a fazer inaugurações diárias, bem regadas ce recheadas, durante a campanha e garantir uma vitória gorda. Um problema porque sabe que o Jardim tanto lhe passa a mão pelo pêlo como no dia seguinte o critica e chama de todos os nomes que lhe passam pela cabeça.
O João Jardim sempre deu muitos votos, vitórias e deputados ao PSD, mas sempre foi uma dor de cabeça para todos os seus líderes. Porque será que não tenho pena deles? Porque todos acabaram por ceder e o Jardim de sorrir.




Um Horta onde o Espantalho chama os Negros Corvos


Adriano Alves, reformado, de 81 anos, cultiva uma horta num terreno municipal há mais de 40 anos na Calçada de Santo Amaro, em Lisboa, tendo pago, no ano passado, 108,30 euros. No entanto, este valor vai subir para 3687,50 euros em 2014, de acordo com uma carta enviada pela Câmara de Lisboa no início do mês.

Ler uma notícia destas faz-me ter vergonha daqueles que nos governam. Porquê matar uma vida a um homem de 81 anos, porquê tirar-lhe uma horta que ele "mima" há 40 anos? Falando de hortas, outras casos existem que sujerem o medo das hortas pela parte do poder. Veja-se na Damaia, em que uma horta comunitária feita num baldio da Camara, com um barracão que foi uma escola esquecido ao abandono há muitos anos, acarinhada pelas pessoas dos prédios vizinhos vai rapidamente transformar-se numa "zona verde ajardinada". As máquinas de demolir da Camara já por lá andaram. Mas, muitas outras hortas existem pelos bairros de Lisboa e que este aumento de preços vai condenar a um fim que contradiz todo o discurso de cidade ecológica e preocupada com o ambiente. Para não falar dos que sobrevivem a consumir o que podem cultivar. Num momento de crise como esta o cultivo de uma pequena horta no quintal ou, as Hortas comunitárias, que agora têm surgido um pouco por todo o lado, pode ser crucial para a sobrevivência dos que menos têm. Uma vergonha que mostra bem os governantes que temos.


Segunda-feira, Agosto 22, 2011


As férias do Coelho

Para quem disse que o governo não ia ter férias porque tinha muito trabalho a fazer, parece praia a mais e corte nas despesas a menos.



Onde está o António José Seguro?

Sobem impostos, aumenta 17% o IVA da luz e do gás e os transportes públicos até 25%, oferece-se o BPN mais umas boas centenas de milhões de euros aos patrões angolanos do Mira Amaral e ninguém vê o novo líder da oposição aparecer ou dizer nada. Não sabe o que dizer ou concorda com as medidas do governo? Convinha que nos dissesse.


Domingo, Agosto 21, 2011


Ilusão ou engano


Na campanha eleitoral o Pasos Coelho prometeu, o Paulo Portas também, o programa eleitoral também que com eles no governo não havia cá boys nem meios boys. Só competencia. Claro que o famoso Super-Alvaro afirmou recentemente numa entrevista televisiva que a ideia não é de "no jobs for the boys", é "less jobs for the boys", mas mesmo assim fiquei espantado com a esperteza saloia da solução que encontraram para nomear os quadros superiores do Estado. Por concurso, com regras claras para ser escolhido o melhor mas, com a última palavra a ser dada pelo Ministro que pode simplesmente não ligar nenhuma ao resultado do mesmo. Honestamente prefiro o modelo actual em que se sabe que a nomeação é de um boy e é feita com celeridade que um que finja não ser aquilo que é e ainda se vai perder tempo e dinheiro a fazer um concurso para depois o Ministro escolher quem quer para o lugar.
Um Ilusionista tenta criar-nos uma ilusão sabendo que nós sabemos que é só uma ilusão, mas esta gentinha não nos quer iludir, quer mesmo é enganar-nos.


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