30 novembro 2011

Quarta-feira, Novembro 30, 2011

Alô?!

A minha pátria era a língua portuguesa.

Mr. Vítor e Dr. Gaspar



Na página 10 da edição do Diário Económico da passada segunda-feira é referida a possibilidade de ocorrer uma reunião sobre o Orçamento do Estado em que estaria do lado do PS, entre outros, Óscar Escaria. O jornal faz hoje uma rectificação, reconhecendo que um tal ser não existe — mas talvez não fosse mau de todo que o autor do texto se concentrasse mais com o que escreve do que com o que se escreve no CC.

Vítor Escaria e Óscar Gaspar foram, segundo se sabe, assessores do primeiro-ministro José Sócrates. Serão economistas com defeitos e virtudes, como todos os outros. A fusão dos méritos dos dois poderia resultar no tal Óscar Escaria que o Diário Económico invoca? E se juntassem as falhas de cada um, em termos de análise e perspectiva, dariam lugar a um Vítor Gaspar? Aí o Diário Económico teria criado um pesadelo para os portugueses.

Ninguém tem respeito ao Moedas ou é uma bebedeira de felicidade pela aprovação do Orçamento?



"Batalhamos em tempo real nos monitores da Bloomberg", dizia há dias o nosso Moedas. Hoje, chega a informação, através dos tais monitores da Bloomberg, de que os juros da dívida portuguesa continuam a bater sucessivos records.

Está bonita a festa, pá [ponto de situação]


Pedro, não fiques com esse riso amarelo, mas é que
está quase na hora de regressar a Frankfurt.

    O Presidente da República já provou desse cálice de fel, Rui Rio, Manuela Ferreira Leite e eu próprio, o quarteto maldito pelos serventuários do poder, mancomunado numa qualquer conspiração, merece logo os mais violentos epítetos.’
Pacheco Pereira, Público, 26 de Novembro

Subitamente, surgiram Durão Barroso e Cavaco Silva na última sexta-feira: enquanto o homem de Bruxelas malhava na política de Educação de Crato, o homem de Belém fazia em picadinho a estratégia de genuflexão do Governo perante a Sr.ª Markel. Depois, juntou-se-lhes Vítor Bento, o ministro-sombra das Finanças, que veio passar ao papel as palavras do Presidente da República; ontem, Paulo Rangel, afilhado da Dr.ª Manuela, pôs em evidência a falta de coerência da política externa made in Caldas. E, hoje, Bagão Félix já fala na “obsessão fiscal do executivo que se está a tornar num raciocínio quase totalitário.”

O bando dos quatro “quarteto maldito” é agora um octeto — e, a brincar, temos um governo quase feito para o que der e vier.

Sem comentários: