12 março 2009

GRUNHOS NA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA




Sem falsos moralismos
Não tem sido devidamente compreendido o deputado social-democrata José Eduardo Martins, a quem são imputadas duas declarações políticas espontâneas:
- “palhaço” - dirigida ao primeiro-ministro, no passado mês.
-“vai pó caralho” - atirada ao deputado socialista Afonso Candal, há poucos dias.
Muito se tem discutido se o vernáculo deve ter sede parlamentar, qual a linguagem apropriada às funções e à casa da representação da democracia, se deve ser um comportamento censurável ou, pelo contrário, elogiado pela honestidade da expressão politicamente incorrecta e próxima do cidadão comum. O que parece uma perda de tempo. A discussão mais importante deve recentrar-se, não no veículo de linguagem, mas sim na capacidade de decomposição, interpretação e articulação da mensagem.
Assim se torne possível ouvir José Eduardo Martins, o deputado total:
- “vai pó caralho, palhaço”.

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