07 maio 2009

MANUEL ALEGRE - O BALÃO QUE SE ESVAZIA


Bastou alguém criticar Manuel Alegre por este ter tomado uma posição menos frontal em relação aos incidentes ocorridos no dia 1.º de Maio para que este tivesse regressado às insinuações chantagistas. Só que Manuel Alegre perdeu importância e esta resultava do poder de chantagear José Sócrates face à possibilidade de lhe retirar a maioria absoluta com a criação de um novo PRD.
A partir do momento em que as sondagens dizem que Sócrates poderá perder essa maioria absoluta mesmo sem a preciosa ajuda de Alegre a Ferreira Leite, o candidato presidencial permanente fica a falar sozinho, deixou de ser notícia de abertura para passar a ocupar uma página direita do meio dos jornais. As suas afirmações deixaram de ter interesse para serem usadas na composição dos jornais, basta a venda de mais um anúncio publicitário para que o que disse Manuel Alegre passe para rodapé.
Se Sócrates perder a maioria absoluta Manuel Alegre só seria necessário à direita se o seu partido desse a vitória ao PSD e, pelo menos por enquanto, esse cenário ainda não é realista. Nesse caso Manuel Alegre não só seria condenado como poria fim ao seu grande projecto, mais uma candidatura presidencial queixotesca, aliás, se abandonar o PS essa candidatura seria ridícula.
A verdade é que a importância política de Manuel Alegre não passa de um dano colateral da importância de Sócrates, quando Sócrates perder Alegre desaparece, nem Loução o convidará para um chá, já que o PCP nem para isso o convida apesar da sua postura ridícula em relação ao que se passou no 1.º de Maio.
In Jumento

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