22 novembro 2009

ESTUCADORES, POMBOS E POMBAIS






Lembro o 5 de Novembro de 2009. Nesse dia, um pombal, perdão um jornal - isto de debicadores de milho desnorteia-me -, um jornal que não nomeio porque todos mergulharam como pombos para painço no empedrado do Rossio, escreveu em título: "Escutas: conversa gravada pela Polícia Judiciária de Aveiro, Vara ouvido em almoço com Godinho." Foi a 5 de Novembro de 2009. Hoje, sabe-se que no processo não consta gravação nenhuma. É esse caso que vou investigar.Relembro o que se escreveu a 5 de Novembro. O banqueiro Armando Vara e o sucateiro Manuel Godinho, cautelosos, por telefone só marcavam encontros. Mas, quando almoçaram num restaurante da Ajuda, a 23 de Maio, um microfone daqueles de escutas direccionais, capazes de ouvir conversas a 40 metros, apanhou-os a contratarem uma corrupção de dez mil euros. Estes os factos. Enfim, os factos como os que habitualmente comemos depois de regurgitados pelos do pombal, perdão jornal. Então, com essas certezas, dedicámo-nos à veia satírica. Só dez mil euros, o Vara?!... Por um almoço, atenção; se o homem come duas refeições por dia, vezes cinco dias de trabalho, mama 100 mil euros por semanada... Enfim, assalto à Vara...Não defendo Armando Vara, não sei dele o que me permita ter opinião positiva ou negativa. Estou aqui porque me defendo. Estou farto, mas farto até à náusea, que uns estucadores, atiradores de barro à parede, pagos por mim (são funcionários públicos) para investigar crimes, porque ignorantes (incapazes de direccionar um microfone direccional), quando apanhados de mão a abanar reajam de má-fé: fornecem factos fantásticos a jornalistas para que endrominem a opinião pública.Os estucadores estendem as suas invenções na talocha e com a colher atiram argamassa, só um bocadinho de cada vez, a ver se pega. Há-de pegar porque eles sabem do que a casa gasta. continuar a ler AQUI - D.Notícias Ferreira Fernandes

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