28 junho 2011

DO ABRUPTO

NOBRE, OS ACAMPADOS E A "DEMOCRACIA VERDADEIRA, JÁ!"



O comentário político está tão subserviente e balofo, salvo honrosas excepções, que funciona por simples moldes virais, mais ou menos formatados, entre a adesão ao poder sem disfarces, a propaganda pura e o wishfull thinking. Enquanto na era Sócrates esses moldes virais, frases, pseudo-argumentos, contra-argumentos, eram preparados profissionalmente, agora ainda dependem muito do entusiasmo entre o ingénuo e o servil que por aí anda entre blogues, jornais e televisões. Com o tempo, virá a profissionalização e também teremos a nossa nova câmara corporativa governamental para a qual não faltam voluntários. Não admira que haja quem queira sanear os comentários que não alinham com o modo dominante, uma pulsão que eu conheço muito bem e já de há muitos anos. Acentuou-se muito com o governo Santana Lopes, onde atingiu Marcelo Rebelo de Sousa, ganhou foros de obsessão com Sócrates que não se coibiu de roçar a ilegalidade para garantir o saneamento dos jornalistas considerados hostis e agora move a patrulha de amigos de Miguel Relvas, de quem ele foi e é fonte e patrocinador. É, aliás, muito pedagógico ver o movimento de jornalistas para os gabinetes governamentais, uma transumância que devia ter tanta transparência e exposição pública como a de ministros e secretários de Estado. Mas este escrutínio, de um modo geral, a comunicação social hesita em fazer. do  ABRUPTO

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