24 janeiro 2012


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Reflexões sobre o Impeachment



Para além das razões formais que podem levar ao impedimento definitivo de um Presidente da República, deveriam existir também razões de ordem moral. Isto é, o presidente de um país não pode apenas parecer que é honesto e moralmente são, tem efectivamente que sê-lo.
Cavaco é um dos políticos há mais tempo no activo e isso faz dele co-reponsável nas razões do estado deste Estado e a ser comedido nas asneiras que balbucia vezes de mais. Vir queixar-se publicamente que não lhe chegam as pensões que aufere para governar a casa, quando auferiu em 2011, segundo o Jornal I, pensões no valor de 140.000 euros, quando há portugueses a debater-se já ao nível da sobrevivência, é moralmente reprovável por todas as razões, e em simultâneo, uma afirmação da sua incompetência e de que é um péssimo gestor, um mau economista num orçamento tal fácil, ou então, não sei se pior, está a mentir-nos, mas seja o que quer que for, é mais um prego na credibilidade pessoal e política que quanto a mim nunca teve. Este homem é e sempre foi, enquanto político, uma fraude que a Direita soube vestir ao jeito pimba para vender nesta feira poeirenta em que o país de vez em quando se torna e que nos envergonha quando escolhe assim.

Leitura recomendada: A revolta e a piedade, de José António Barreiros.

Reedição: Faltou dizer que liemos pela primeira vez a utilização do termo impeachment ao Presidente da República, um termo do léxico norte-americano adaptado à nossa Constituição, no Legalices, por Ricardo Sardo, pelo que aqui ficam os links: Pode? e Belemgate, para leitura obrigatória das reflexões, também jurídicas, sobre esta questão

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