ESCUTAS - 4 - ESPIONAGEM POLÍTICA
VIEIRA DA SILVA DUVIDA DA LEGALIDADE DAS ESCUTAS (in Jornal PÚBLICO)
O ministro da Economia, Vieira da Silva, disse hoje que considera que as escutas em que são identificados Armando Vara e José Sócrates têm "legalidade duvidosa" e supeita de "pura espionagem política". Numa entrevista à Antena 1, o governante socialista defende que há regras a ser cumpridas quando estão em causa "altas figuras do Estado".
Questionado sobre a notícia do "Sol", que refere que, através das escutas, se percebe que Sócrates já sabia do negócio da TVI apesar de o ter negado no Parlamento, Vieira da Silva diz que só viu os títulos. "Torna-se claro que o que motiva essas forças e as pessoas que estão por trás do que me parece ser uma ilegalidade não é qualquer averiguação relativa a qualquer processo de corrupção, é pura espionagem política", acrescentou.O governante criticou estar-se a ouvir "um dirigente de um partido, que é também primeiro-ministro, e depois colocar nos jornais escutas cuja legalidade é mais do que duvidosa". O que é "muito preocupante", acrescentou,"Há regras que têm de ser cumpridas como é o caso das escutas de altos responsáveis nosso Estado de direito", disse Vieira da Silva, acrescentando que houve um incumprimento "grosseiro" dessas regras. "A forma como as escutas são transformadas em notícias e depois são aproveitadas politicamente afigura-se-me um comportamento inadmissível e perigoso".
O ministro da Economia, Vieira da Silva, disse hoje que considera que as escutas em que são identificados Armando Vara e José Sócrates têm "legalidade duvidosa" e supeita de "pura espionagem política". Numa entrevista à Antena 1, o governante socialista defende que há regras a ser cumpridas quando estão em causa "altas figuras do Estado".
Questionado sobre a notícia do "Sol", que refere que, através das escutas, se percebe que Sócrates já sabia do negócio da TVI apesar de o ter negado no Parlamento, Vieira da Silva diz que só viu os títulos. "Torna-se claro que o que motiva essas forças e as pessoas que estão por trás do que me parece ser uma ilegalidade não é qualquer averiguação relativa a qualquer processo de corrupção, é pura espionagem política", acrescentou.O governante criticou estar-se a ouvir "um dirigente de um partido, que é também primeiro-ministro, e depois colocar nos jornais escutas cuja legalidade é mais do que duvidosa". O que é "muito preocupante", acrescentou,"Há regras que têm de ser cumpridas como é o caso das escutas de altos responsáveis nosso Estado de direito", disse Vieira da Silva, acrescentando que houve um incumprimento "grosseiro" dessas regras. "A forma como as escutas são transformadas em notícias e depois são aproveitadas politicamente afigura-se-me um comportamento inadmissível e perigoso".
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Em tempo e a propósito:
A área mais difícil do jornalismo não é a economia nem a ciência: é a justiça, em que nada parece matemático ou científico. O modelo em que assenta o sistema jurídico português é ainda mais obscuro e complicado: é uma ciência oculta, um buraco negro feito de ecos e silêncios, ajustes de contas e incompetências. Ninguém o entende verdadeiramente, ninguém sabe bem o que se passa lá dentro..."
(André Macedo -ionline)
(André Macedo -ionline)
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