11 novembro 2009

A LUTA DOS PROFESSORES...

Ministra concordou em mudar as regras até Dezembro. É tudo o que os sindicatos queriam ouvir
Tudo se resume afinal a uma simples questão de semântica. Os sindicatos dos professores defendem a suspensão do actual modelo de avaliação e a revisão do estatuto da carreira docente; a ministra da Educação, Isabel Alçada, quer alterar a legislação antes do fim do ano. A retórica pode divergir, mas, na prática, o resultado é o que a classe está à espera. "Como a maioria das escolas adiou a avaliação para Janeiro de 2010, ainda se vai a tempo de adoptar o próximo regime", explica o secretário-geral da Federação Nacional dos Professores.

Seja qual for o desenlace, João Dias da Silva, dirigente da Federação Nacional dos Sindicatos da Educação, garante que as inquietações dos professores acabaram - já ninguém tem de se preocupar por não ter entregue os objectivos individuais nem sequer voltar a sujeitar-se ao modelo ainda em vigor: "Não haverá penalizações quer na progressão da carreira, quer no concurso nacional", assegura o sindicalista.Após saírem das sucessivas reuniões, ficou claro para os dirigentes sindicais de que é possível recomeçar tudo de novo e que não existem "matérias fechadas" para esta equipa do Ministério da Educação: "Este encontro marca o princípio do fim da divisão da carreira dos docentes e de um modelo avaliativo que foi rejeitado por todos nós", remata João Dias da Silva.
Quem estará a gerir esta situação com esmerada atenção é o PCP e os seus agentes da Intersindical que, para conseguirem manter acesa a chama do conflito e a agitação na sociedade portuguesa (não estão interessados em acordos que matem a "luta") induzirão os professores em reivindicações apelativas que propiciem o impasse. Vamos ver... Os professores deram provas de serem fácilmente manobráveis e os comunistas não sabem viver sem isso e esgotam-se nisso.

2 comentários:

Pedro Semedo disse...

Li uma chamada deste post no Público e não resisti a diser-lhe uma coisa: o senhor não percebeu nada de nada do que aconteceu com o protesto dos professores. Estes não foram manipulados, mas foram os sindicatos que, a dada altura, viram-se ultrapassados por um movimento espontâneo e generalizado das Escolas. Quer isto dizer que os sindicatos viram-se obrigados a intermediarem o conflito sob pena de se tornarem irrelevantes. Depois, os professores serviram-se da máquina organizativa dos sindicatos e da sua esperiência. Já chega de menosprezar os professores como gente intelectualmente menor. Os professores protestaram porque sentiram que tinham razão para isso e não porque foram manipulados. Ou julga os outros pelas suas próprias insuficiências?

A.Barroso disse...

A.Barroso responde:
De acordo com a opinião do sr.Pedro Semedo, com alguma candura - permita-se-me dizê-lo- ficamos a saber que o PCP foi alvo de manipulação por parte dos professores! Façanha que, a ser verdadeira, ficaria nos anais do sindicalismo. Só que não consigo descortinar como se deu essa ponderada acção de trabalhadores a manipularem um Partido Comunista. Mas essa será uma das minhas muitas insuficiências.