22 outubro 2011

OS MARAJÁS DA PORCALHOTA

 



                                                                                        

Miguel Macedo, ministro da Administração Interna, acumula ao vencimento do cargo (4240 euros) mais 1400 euros por mês a título de subsídio de alojamento. A lei é de 1980, abrangendo titulares de cargos políticos que não têm residência permanente em Lisboa ou num raio de cem quilómetros. O chamado direito adquirido, neste caso com trinta anos de uso. No governo de Passos são 9 os beneficiados: os ministros da Administração Interna e da Defesa, seis secretários de Estado e uma subsecretária de Estado.
Macedo tem duas casas: uma em Braga, cidade onde nasceu, outra em Algés, onde reside em permanência. Sucede que um parecer do Conselho Consultivo da Procuradoria-Geral da República, exarado em 1990 (era Cavaco primeiro-ministro), fixou doutrina: Lisboa é sempre “uma residência ocasional” para os membros do governo, porquanto Lisboa é o sítio onde “exercem funções governativas que, por natureza, são temporárias em sociedades democráticas”. Então ficamos assim.
O corte de 14,8% no rendimento anual bruto dos pensionistas, funcionários públicos e trabalhadores do sector empresarial do Estado serve para sustentar marajás?
LER: Naturalmente, num país civilizado, este já não brincava mais aos polícias e ladrões. Ia para casa brincar com soldadinhos de chumbo.


                                                                                    

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