23 janeiro 2010

MANUEL ALEGRE E OS TROCADILHOS DO ANACLETO


"O BE regista (pela milionésima vez) a afirmação da sua disponibilidade para apoiar a candidatura presidencial de Manuel Alegre que, tratando-se de uma candidatura supra-partidária, a eleição presidencial convoca uma exigência de responsabilidade totalmente distinta daquela que é o debate sobre a governação do país", declarou Francisco Louçã, em conferência de imprensa, em Lisboa. Pois!...
Neste sentido, "o BE repete até à exaustão que saúda, regista e apoia esta manifestação de vontade de Manuel Alegre" em candidatar-se à Presidência da República.
É tal 0 afã do Anacleto em colar-se a Manuel Alegre e à sua candidatura à Presidência da República que parece já ter ocupado todos os lugares disponíveis da plateia onde o poeta declama as suas arengas.Pois deixemos Manuel Alegre entregue ao desvelo do Anacleto e sigamos em frente... Alegre que de si já não era muito apelativo para muita gente, quase fica transformado num patinho feio! (diz-me com quem andas...). Assim, até Cavaco, apesar daquela imagem de Mefistófeles que ele próprio, o seu rasca porta-voz... e alguns conselheiros lhe colam à pele, começa a deixar no ar a hipótese de valer a pena conferir-lhe o segundo mandato de forma confortável. Mal por mal... longe do Anacleto!
No ABSORTO, de forma menos expedita mas muito mais e séria, reza assim:
Qualquer cidadão é livre de manifestar a sua intenção de se candidatar a Presidente da República. Qualquer partido é livre de manifestar apoio à intenção de qualquer cidadão em candidatar-se a Presidente da República. Mas esta dança de palavras do BE manifestando apoio à intenção de candidatura de Alegre embrulhada numa suposta superioridade supra partidária faz-me lembrar coisas tristes. Cada um é livre, em democracia, de afirmar as suas intenções e preferências mas não me venham, num regime de partidos, tentar “vender” a superioridade de candidaturas presidenciais supra partidárias quando todas nascendo da vontade livre dos candidatos são apoiadas pelos partidos. Deixemo-nos, pois, de brincadeiras que a coisa é séria.

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