08 maio 2011

ANTÓNIO BARRETO - EMPREGADO DO HIPER-MERCEEIRO


Há muito que António Barreto me  desiludiu intelectualmente, quando usou informações reconhecidamente falsas para fazer acusações num artigo do Público deixou de merecer-me qualquer consideração. Quando passou a empregado do hiper-merceeiro ainda esperei que mantivesse uma imagem de independência preservando um estatuto intelectual que cultivava e era incompatível com o de uma voz do dono. Mas com a aproximação ao cavaquismo e o discurson sincronizado com o do hiper-merceeiro deixei de ter grandes ilusões.
O que não aceito é que seja desonesto ao ponto de justificar o voto de mais de 30% dos portugueses em Sócrates com os empregos do Estado. Isto é um argumento rasca que até ofende os militantes do PSD que há muito ocupam uma boa parte dos cargos de chefia do Estado. É tratar os funcionários públicos e muitos outros portugueses como vendidos, isso eu não admito aos Antónios Barretos.
O António Barreto que fique a saber que em Portugal há muita gente mais intelegente, melhor formada e mais honesta do que ele, que nem todos os portugueses estão dispostos a venderem-se a Sócrates, a hiper-merceeiros ou seja a quem for.
«É possível que um partido que desempenhou funções de governo durante tantos anos - apesar dos disparates, da demagogia e dos erros - tenha uma parte da população que lhe seja afecta, porque são os seus empregos, são os seus interesses, são as suas colocações.» [i]
E,  dizemos nós,  são tambem fidelidades ideológicas e de coerência, coisa que António B. há muito abandonou, quando se separou do Partido Comunista e aderiu ao P.S. depois do 25 de Abril, nessa altura destacado para os Açores onde passou uma temporada com a missão de ali dar assistência ao processo de implantação do  mesmo P.S.. E com sucesso pela mestria da palavra e a convicção que transmitia ao auditório que o ouvia... Trasmontano, não dava a ideia de ser o salta-pocinhas que veio a revelar-se, designadamente muleta de um vendedor de feijão chicharo endinheirado que resolveu concorrer também, com a sua participação na tarefa,  para o desprestígio dos comentadores políticos da praça.  Realmente uma desilusão...

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