14 maio 2011

O PSD - PARECE A LOJA DO MESTRE ANDRÉ

Passos Coelho foi à apresentação de um livro do Santana Castilho que agendou o show off do seu novo livro para a campanha e convidou o presidente do PSD, provavelmente porque pensava abichar um cargo ministerial. Só que a vaidade do autor é tanta que nem o programa eleitoral do PSD escapou às suas críticas. Em mais um passe de mágica a lembrar o estilo Miguel Relvas o presidente do PSD informou logo que o capítulo da educação do seu programa era para melhor, dito de outra forma é para esquecer.
É fácil de perceber que se amanhã Passos Coelho reunir com economistas e ouvir críticas ao seu programa responderá que o capítulo da economia será melhorado, se reunir com médicos será o capítulo da saúde a ser esquecido, e por aí adiante. Por outras palavras, o programa eleitoral do PSD é uma versão para testes, não passa de uma versão beta e nada nos garante que a definitiva seja idêntica ou mesmo que venha a ser colocado no mercado.
Tínhamos um partido em que cada um apresentava as propostas que lhes dava na gana, enquanto o líder ia dizendo banalidades ao mesmo tempo que o Relvas garantia que nem tudo o que se ouvia seria considerado no programa. Agora temos um líder que não sabe muito bem o que propôs no programa e que à primeira crítica promete melhorá-lo, isto é, mudá-lo. Já não bastava a confusão com a taxa da TSU, agora é todo o programa que parece ter sido embalado numa caixa da Lego. Quando se compra um Lego há um plano principal, mas são apresentados vários projectos para as peças que são vendidas e as crianças ainda podem desfazer tudo e construir à sua vontade.
O pior que pode suceder a Portugal é vir a ter um primeiro-ministro que não confia nas suas propostas, que não consegue pôr ordem no seu partido, que se deixa tutelar por emissários de
Belém e que não sabe muito bem o que quer para o país. Como pode Passos Coelho saber o que quer para a economia se não sabe o que quer para a educação? Sabia-se que Passos Coelho queria destruir tudo o que se fez no sector da educação com resultados positivos, agora sabemos que o líder do PSD não tem a menor ideia do que pretende com o sector, foi o que sucedeu com a tentativa de suspensão da avaliação dos professores, primeiro destruía-se e depois logo se veria o que fazer.
A dúvida dos portugueses já não será se Passos Coelho vai perder as eleições, mas saber se vai ter menos votos do que Manuela Ferreira Leite ou Pedro Santana Lopes, dois ex-dirigentes do PSD que deverão estar corados de vergonha com aquilo a que estão a assistir.

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