05 novembro 2011

A INSOLVÊNCIA DA AUTONOMIA DO JOÃO MADEIRA

                                                                          

Ao fim de mais de três décadas de governação do grande líder a Autonomia encontra-se à beira da falência. A vergonha que era regional e nacional, ultrapassou fronteiras e internacionalizou-se. Na imprensa internacional chamam à Ilha, desonesta. Não meus senhores! A Ilha não é desonesta! A Ilha não é um homem e um punhado de seguidores interesseiros e bajuladores. As gentes desta Terra são gente do melhor. Gente trabalhadora, simpática e boa, que vota e acredita no que lhe dizem. Que se deixou ofuscar pelo brilho do betão. Um povo que acredita no partido, como a religião perfeita que não há. Ingénua? Também. Mas os ingénuos são normalmente boa gente.
A esperteza saloia, o oportunismo, a chantagem, o insulto, a bebedeira constante dos arraiais e das inaugurações: enganaram este povo extraordinário e levaram esta Região a este estado de vergonha.
 O grande líder que adjetiva de incompetentes todos os Silva Lopes deste paciente país que criticam as suas bazófias. Orgulhoso e muito cioso da sua autonomia (e da imunidade do Conselho de Estado): de corda ao pescoço, pede ao "Retângulo" que lhe faça um plano de austeridade, para resolver a desesperada situação da Região, fruto da da sua desregulada governação. Que maior prova da falência das suas políticas e da sua incompetência?!
Os iluminados seguidores de antes, que tudo sabiam e tudo explicavam, que justificavam todas as bacoradas em nome da defesa da Região: hoje nada sabem acerca de buracos. Até o partido nada sabia. Apagou-se-lhes a todos o farol, não resta sequer uma candeia. Viraram todos Candelária.
 Como em tudo nesta vida, é tudo até um dia. Durante largos anos o grande líder usou um fio de cabelo comprido de um dos lados da clareira para esconder a própria careca; hoje, foi o próprio obrigado a descobrir a sua própria careca. No estertor do regime, o grande líder, estrebucha, ameaça e usa a ação psicológica do tempo da guerra colonial para enganar o povo e disfarçar a sua grande culpa. Mas até o grande líder, cuja forma e saúde já não é o que era: já não diz coisa com coisa. Ontem, disse que não divulgou a continuação das obras e o consequente endividamento para que o Teixeira dos Santos não penalizasse mais a Região. Hoje, diz que nunca teve intenção de ocultar a dívida.
Tal como um barão arruinado, que não consegue baixar o nível de vida: o grande líder apesar de completamente "embeiçado"* continuou a "abrasar"* dinheiro à fartazana e não tem culpa de nada.
*Embeiçado = Sem dinheiro, teso, falido
*Abrasar = Estoirar dinheiro, gastar à bruta, queimar
daqui

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