04 novembro 2011

O TÓtÓ SUBMISSO

O Tótó submisso
Por 68 votos a favor, 28 contra e duas abstenções, a Comissão Política Nacional do PS aprovou ontem à noite a proposta de Seguro no sentido de o partido se abster nas votações, na generalidade e na especialidade, do OE 2012. É um péssimo sinal. O orçamento de Estado tem a sua aprovação garantida pela soma dos deputados do PSD e do CDS-PP.
Nada obriga o PS a caucionar medidas que extrapolam o compromisso assumido no Memorando de Entendimento com a troika. Sempre que as relações pessoais entre os dirigentes máximos do PS e do PSD se sobrepuseram aos interesses nacionais (como aconteceu com Guterres e Marcelo e acontece agora com Passos e Seguro), quem perde é o país, a democracia e o PS. Ao afirmar que a abstenção do PS representa «um voto a favor da viabilidade da continuação de Portugal na zona euro», argumento que por si só justifica o voto contra, Seguro ultrapassou a linha da decência.
Não estando em causa a passagem do documento, para cuja elaboração o PS não foi tido nem achado, queremos acreditar que haverá  no grupo parlamentar do PS deputados capazes de contrariar o Diktat deste secretário-geral. O argumento dos sinais para “Europa ver” não colam. A Europa liga tanto aos sinais de São Bento como eu ligo ao resultado dos jogos de qualificação para os campeonatos europeus de futebol
in da literatura

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