20 abril 2011

PSD NÃO ESTÁ A SERVIR O PAÍS, ACUSA SÓCRATES

 - O primeiro-ministro José Sócrates acusou hoje o PSD de "não estar a servir o país" ao desvalorizar os dados da execução orçamental revelados e lamenta que a liderança do PSD tenha "apenas" como orientação política "interesses eleitorais".
 À margem da visita à Frezite, no concelho da Trofa, José Sócrates, em declarações aos jornalistas acusou o PSD de "apenas" ter como objetivo "ganhar as eleições" e lamentou a "atitude da liderança do PSD".
 "Lamento muito a atitude da liderança do PSD que, em vez de se concentrar na defesa dos interesses do país, parece que continua com uma orientação que apenas tem como objetivo os seu interesses eleitorais mais próximos", afirmou.
 José Sócrates definiu a negociação da ajuda externa com o FMI como "exigente e difícil" e defendeu novamente que esta negociação "resulta do facto de ter havido partidos na Assembleia da Republica que recusaram o Plano de Estabilidade e Crescimento (PEC) e ao recusar esse PEC abriram uma crise politica".
 O primeiro-ministro disse esperar "uma atitude construtiva por parte dos partidos", o que, segundo ele,  não tem acontecido.
 "Parece que o que desejam é que tenhamos um programa ainda pior do que aquele que recusaram" exemplificando com a reação do PSD aos números de execução orçamental do primeiro trimestre apresentados.
 "O país teve no primeiro trimestre números muitos bons de execução orçamental. Tivemos um superavit. Em vez de valorizar isso o PSD preocupa-se apenas em desvalorizar em desacreditar esses números", adiantou.
 Com esta atitude, acusou Sócrates, o PSD "não está a servir o seu país".
 José Sócrates explicou ainda perceber "muito bem que o PSD tenha apenas a preocupação eleitoral" como objetivo de "ganhar eleições a qualquer custo".
 Mas, segundo o atual primeiro-ministro, "ganhar eleições a qualquer custo significa prejudicar o país neste momento. Porque as condições para negociar neste momento são de grande exigência e gostaríamos que todos os partidos se concentrassem na defesa dos interesses dos portugueses".
 Lusa/ Fim

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