18 agosto 2011

PERDIDOS EM TERRA QUEIMADA

Quinta-feira, Agosto 18, 2011



MONS KALLENTOFT


Hoje na Sábado (Eduardo Pitta) escrevo sobre Anjos Perdidos em Terra Queimada, segundo volume da tetratologia que o sueco Mons Kallentoft (n. 1968) dedica às estações do ano. Não tem a espessura de Henning Mankell nem a velocidade de Stieg Larsson, mas cumpre o catálogo multicultural. Também escrevo sobre Amor Livre, da inglesa Ali Smith (n. 1962), uma colectânea de doze contos entre o bom e o muito bom. O meu preferido é Assustador. A 1.ª frase do 1.º conto (e, portanto, do livro) é de antologia: «A primeira vez na vida que fui para a cama com alguém foi com uma prostituta de Amesterdão.» Quando isto aconteceu, Smith tinha 18 anos.


CRESPO, DC


Mário Crespo, 64 anos, jornalista da SICN e colunista do Expresso, foi convidado por Miguel Relvas, ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, para o lugar de correspondente da RTP em Washington, vago há seis meses. Deste modo, Crespo voltará a desempenhar as funções que exerceu entre 1992-98. O convite está a gerar forte turbulência na RTP, uma vez que a estação estava a organizar um concurso interno para preenchimento da vaga, de acordo com os critérios estatutários: 1) É dada primazia a jornalistas do quadro da RTP interessados em trabalhar no estrangeiro. 2) A direcção de informação selecciona os candidatos. 3) Um júri avalia. 4) A administração avaliza a escolha final. Crespo nem sequer é do quadro: foi despedido da RTP há doze anos. Chama-se a isto, em linguagem plano inclinado, dar o pote aos boys. Este assessor de Relvas é que os topa.

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